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PROJETOS PEDAGÓGICOS

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Esta página foi especialmente construída para ajudar e encorajar minhas colegas professoras a utilizarem a obra de Conceição Evaristo em sala de aula. Aqui coloquei alguns dos melhores projetos pedagógicos que elaborei ou encontrei de outras colegas professoras na internet.  Bom proveito a todas !

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Texto da Profª Luana Tolentino
Transcrito da RevistaCarta Capital
Julho de 2021


Luana Tolentino é mestra em Educação pela UFOP. Há 10 anos é professora de História em escolas públicas da periferia de Belo Horizonte e da região metropolitana da cidade. Suas práticas pedagógicas partem do princípio de que é preciso construir uma e... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/conceicao-evaristo-em-sala-de-aula/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

Neste ano, a vida e a obra de Conceição Evaristo norteiam as práticas de ensino adotadas pela escola baiana. Nascida em Belo Horizonte, Conceição é uma das escritoras mais celebradas na atualidade. Autora de seis livros, em 2015, Olhos d'água, publicado pela editora Palias, foi vencedora do Prêmio Jabuti. Homenageada em feiras literárias de todo o país, a prosa e os versos de Conceição Evaristo têm sido objeto de estudo de pesquisadores do Brasil e do exterior. 


Em conversa via whatsApp, Fátima Santana Santos, coordenadora pedagógica do CEMEI, explicou que o Projeto Escrevivências infantis: diálogos, memórias e histórias com Conceição Evaristo busca "proporcionar felicidade e elevar a autoestima principalmente das meninas e meninos negros. Segundo a educadora, conhecer a produção literária de Conceição Evaristo "impacta no reconhecimento e na valorização da pertença identitária das crianças matriculadas na creche", o que é fundamental para a formação de indivíduos seguros e confiantes. 


De forma pioneira, nos anos de 1980, Fúlvia Rosemberg empreendeu um estudo cujos resultados apontaram que, em geral, as crianças afro-brasileiras recebem tratamento discriminatório nas creches e escolas infantis do país. De acordo com Rosemberg, nos primeiros anos de vida, elas já experimentam "rotinas de espera: espera do banho, da comida, da troca de fraldas, do brinquedo." A psicóloga concluiu que meninas e meninos negros que acessam esses espaços são socializados para a subalternidade. ​

Nesse sentido, o ambiente acolhedor e afirmativo proporcionado pelo Projeto Escrevivências infantis: diálogos, memórias e histórias com Conceição Evaristo rompe não somente com as bases extremamente eurocêntricas no qual estão assentadas a educação infantil no Brasil, mas também com as práticas excludentes e discriminatórias presentes no ambiente escolar. É importante ressaltar que a presença de Conceição Evaristo na sala de aula não beneficia somente as crianças negras, mas também as brancas. Para melhor elucidar essa questão, mais uma fez faço uso do pensamento do antropólogo Kabengele Munanga: 


O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra interessa não apenas aos alunos de ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, pois ao receber uma educação envenenada pelos preconceitos, eles também tiveram suas estruturas psíquicas afetadas. Além disso, essa memória não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos, tendo em vista que a cultura da qual nos alimentamos cotidianamente é fruto de todos os segmentos étnicos que, apesar das condições desiguais nas quais se desenvolvem, contribuíram cada um de seu modo na formação da riqueza econômica e social e da identidade nacional. (MUNANGA, 1999, p. 16). 


Como educadora e defensora da educação antirracista, sonho diariamente com o fim das práticas educacionais "envenenadas por preconceitos". A beleza, a riqueza e o cuidado do Projeto Escrevivências infantis: diálogos, memórias e histórias com Conceição Evaristo provam que o meu sonho é possível. 

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BIBLIOGRAFIA :

 

  • Literafro – o portal da literatura Afro-brasileira.

Disponível em https://www.letras.ufmg.br/literafro/. Acesso em 08/07/2018

 

  • MUNANGA, Kabenguele. Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – 1999.

      204 p.

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A professora Claudia Fabiana de Oliveira Cardoso, da Escola Técnica Ferreira Viana, no Rio de Janeiro, fala sobre como foi introduzir a obra de Conceição Evaristo em sala de aula. Alunas compartilham a experiência do contato com essa produção literária e a identificação trazida pelos poemas e contos da autora.

Projetos

Copyright © 2019 por Profª Vera Lúcia Lopes Dias
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